Basta!
Basta!

Basta!

Eu não vou mais me adiar

Eu não vou mais aceitar menos do que decerto eu mereço

Eu não vou mais implorar por falsas companhias

Eu não vou mais me acostumar, dizendo coisas que eu finjo gostar, mas que na realidade, não se encaixam

Eu não vou mais pertencer ou ter de caber em espaços menores do que a minha existência 

Eu não quero mais ter de me demorar num lugar onde pouco me e ofertado

Eu quero saber a hora de sair

Eu não quero ter de me prolongar onde não se ha mais tempo 

Quero perceber antes de todos quando já estou atrasado, quando ali já não for mais minha morada

Quero saber sair quando ali ja não for mais a minha morada

Eu não quero mais ter de aceitar migalhas de ninguém 

Não quero ter de me contentar com pouco

Quero que a troca seja igualmente proporcional

Quero reciprocidade 

Eu não vou mais me limitar

Ah, mas o que as pessoas vão pensar? 

Bom, pensem o que quiserem, já não me importo mais também 

Eu não vou mais relevar esses pobres velhos costumes e discursos 

Eu não vou me aquietar, sorrir como quem acata o gesto, o jeito, o erro

Eu não vou mais enterrar meus desejos na vala pelos outros

Já fiz muito

Hoje não faço mais

Não vou mais satisfazer as vontades de pessoas que não me contemplam

Eu não vou mais me alinhar com verdades repetidas e obsoletas

Não procuro nada em absoluto

Sou melhor quando tráfego na relatividade e nas incertezas

Aprendo mais quando não me vejo estável

Detesto estar confortável e estagnado em convenções e pre-determinações 

Odeio gente muito certa de si e que so distribuem opiniões não solicitadas

Ja vivi suficiente para entender que o absoluto é frágil

Odeio a ideia de ja saber de tudo

Quero ser ignorante em algo e assim me sentir sempre aprendendo

Quero me surpreender com o que ainda e novo para mim

Eu não vou permitir me calar diante de todo meu inconformismo 

Eu não quero mais ter de salvar ninguém, além de mim mesmo

Ja cansei de não me querer bem para obter o sorriso de outros

Eu não vou mais me menosprezar e nem mesmo deixar de reconhecer minha própria grandeza

Eu vou, a partir de agora, so alardear aos quatro ventos a magnitude de ser quem eu sou

Ao passo que eu envelheco, me torno melhor para mim

Eu não vou mais me concentrar nos problemas dos outros e deixar que a minha vida continue sendo um caos permanente 

Não vou mais me desagradar na tentativa de coletar supostas aceitações 

Eu to bem do jeito que to

Depois de resoluções como estas, é natural que muitos se distanciem

Daí eu terei tempo para mim e minhas próprias questões, tempo para contemplar o meu mundo sem interrupções 

Eu não quero nada que seja perecível ou com data de validade.

So vale o que for eterno

So vale o que for etéreo 

Eu não quero mais ter de correr atras de nada

Eu so quero aquilo que estiver ao meu alcance

Aquilo que os olhos puderem ver

Aquilo que está por perto

Aquilo que for palpável

Aquilo que e possível

Aquilo que for fácil

Aquilo que dura

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